A Petrobras deixou de ser uma empresa e passou a ser o principal aparelho de poder do Governo Federal. Todos querem "mamar nos seios" da petroleira, cujo leite está quase seco.
Não bastasse aparelhar a Petrobras, o governo do PT também a utilizou (e utiliza) como instrumento de controle político, econômico e cultural, oferecendo contratos milionários para empresas de políticos apadrinhados e parceiros diversos (principalmente financiadores de campanhas), para maquiar as contas públicas no “fechamento de caixa”, comprar o apoio de artistas, escritores, jornalistas, veículos de mídias, etc, senão também para controlá-los, ameaçando cortar a verba de publicidade a eles destinada pela Petrobras, sempre que “desagradam”.
Mas até quando a empresa suportará todo esse esquema? Ora, já é a empresa mais endividada do mundo e se não fosse já suficiente, a dívida da Petrobras é maior que o valor de mercado da empresa. A Petrobras tem uma dívida líquida de aproximadamente R$221 bilhões, sendo seu valor de mercado de R$165 bilhões. Segundo o Bank of America Meryl Linch a Petrobras é a empresa não financeira mais endividada do mundo, tendo alcançado uma dívida bruta de R$267,82 bilhões em dezembro de 2013.
Mesmo com esses dados, a empresa “perdoou” a dívida da Venezuela. Obviamente quis evitar um calote da PDVSA, o que tornaria ainda mais vexatório o ocorrido, tanto para a empresa quanto para o governo do “companheiro” Nicolás Maduro. Mais uma vez, beneficiam um “companheiro” com o dinheiro do cidadão brasileiro. Sim, o petróleo não é nosso, a empresa não é nossa, mas o prejuízo é. Pois este é coberto com recursos estatais oriundos dos impostos.
Em outubro de 2013 a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou os ratings de dívida da Petrobras devido às preocupações com o plano de investimentos, o aumento da dívida e o fluxo de caixa. Resumindo, a Petrobras gastou mais do que podia e pretende investir mais do que a perspectiva de geração de caixa.
No plano político, a empresa é utilizada como aparelho para cooptar aliados e obter favores em troca de contratos milionários. Por exemplo, o deputado federal Andre Vargas (PT/PR), que mantém relações duvidosas com o doleiro Alberto Youssef e é suspeito de facilitar as relações da empresa MO Consultoria, de Youssef, uma empresa de fachada que servia para repassar propina para funcionários públicos e políticos. Nove fornecedores da Petrobras depositaram R$34,7 milhões na conta da MO, dinheiro este cuja suspeita é de que foi usado para conseguir favores e contratos desses fornecedores com a petroleira.
Ainda no plano político, o marido da presidente da Petrobras, Graça Foster, é Colin Vaughan Foster, dono da empresa C. Foster que assinou 42 contratos com a Petrobras, sendo 20 deles sem licitação, no período de 2007 até 2010. Segundo a Petrobras a dispensa de licitação nesses 20 contratos se deve por terem valores abaixo de R$10 mil cada e que não foram “contratos”, mas “pequenas compras de componentes”. No entanto, não informou o valor total das compras, nem de cada “aquisição”. Contudo, estimasse que pelos 42 contratos a C. Foster recebeu R$614 milhões da Petrobras. Ora, nesse caso, como podemos chamar de “pequenas compras de componentes”? Imagina de fossem grandes então? Se 20 deles foram de menos de R$10 mil, os demais ultrapassaram (em média) pouco mais de R$30 milhões cada?
Esses são alguns casos de utilização política da Petrobras, mas podemos falar também do escândalo envolvendo a compra da petroleira de Passadena (nos Estados Unidos), uma empresa que foi comprada pela belga Astra Oil por US$42 milhões e que a Petrobras pagou US$1,18 bilhão, em 2006, quando a Ministra-Chefe da Casa Civil (e cuja chancela para a aquisição consta documentada) era Dilma Rousseff. Claro que ao ser questionada com documentos, Dilma colocou a culpa em outra pessoa, o então diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró. Essas acusações ocorreram em 2008 e somente 6 anos depois Cerveró foi destituído de seu cargo, que agora era apenas um dos mais cobiçados: diretor financeiro da BR Distribuidora. Detalhe, foi transferido para esse cargo logo que os documentos do caso vazaram, em 2008.
Isso sem contarmos o prejuízo de Passadena entre 2007 e 2008 de US$300 milhões (imagina de lá para cá então). Nessa conta estão US$52 milhões em bônus para funcionários, sem que uma única gota de óleo fosse extraída.
Para finalizar a utilização política e corrupta (um pleonasmo praticamente), há o caso da holandesa SBM Offshore que pagou US$139 milhões em propina para a Petrobras entre 2005 e 2011, segundo um funcionário da empresa, investigada por Estados Unidos, Holanda e Inglaterra por repassar US$250 milhões em propinas. A propina para a petroleira brasileira serviria para beneficiar a SBM na obtenção de contratos com a estatal.
Quanto ao uso econômico da Petrobras, não é novidade que o PT utiliza a estatal há anos para tapar buracos no orçamento da União e fingir que cumpriu metas fiscais. Como a União é a acionista majoritária da empresa, também fica com os maiores dividendos e os utiliza para cumprir metas fiscais e orçamentárias. É tática antiga do PT utilizar estatais para tapar esses buracos. Vide BNDES e a rolagem da dívida pública.
Já na área cultural, a Petrobras é a empresa que mais gasta com patrocínios culturais no Brasil e, não por acaso, há tantos artistas que figuram em seus patrocínios e na defesa do PT e da esquerda nacional. São atores, escritores, atrizes, jornalistas, “intelectuais”, “filósofos”, etc. Mas este tema específico ficará para outro artigo (quem sabe uma série), pois é muito extenso para tratar aqui.
Sinceramente, não acredito que o povo brasileiro permitirá que isso continue acontecendo por mais alguns anos, espero que MUDANÇAS ocorram. MUDANÇAS para MUDAR não somente a Petrobrás, mas também PARA MUDAR O BRASIL.
CPI DA PETROBRAS
Veja abaixo materia publicada pelo G1 no dia 10/10/2014 referente ao assunto
            O ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, explicaram - com detalhes - a corrupção e o cartel nos contratos da empresa. Eles revelaram que diretores eram escolhidos pela ligação que tinham com políticos e partidos.
            As diretorias de Exploração e Produção, de Serviços e de Gás e Energia eram da cota do PT, Partido dos Trabalhadores. A de Abastecimento era da cota do PP, Partido Progressista. E a Internacional, do PMDB. Cada partido tinha um operador.
Diretores e o doleiro cobravam propina de empreiteiras para que elas conseguissem contratos na Petrobras. Com as obras garantidas, as empreiteiras cobravam preços mais altos. O dinheiro desviado ia para diretores da Petrobras, para políticos e para Youssef.
            Os depoimentos não são sigilosos. Paulo Roberto contou que 3% do valor dos contratos eram desviados. Um por cento ia para o PP, e 2% para o PT. Mas que no caso do Partido dos Trabalhadores, havia também pagamentos exclusivos.
Paulo Roberto Costa: Então se tinha PT na diretora de Exploração e Produção. PT na diretora de Gás e Energia e PT na área de serviços. O comentário que pautava lá dentro da companhia é que neste caso os 3% ficavam diretamente para o PT.
            Paulo Roberto também contou que recebeu propina do atual presidente da Transpetro, uma subsidiaria da Petrobras, Sérgio Machado. Segundo ele, o repasse ocorreu entre 2009 e 2010. O dinheiro saiu da contratação de navios.

Paulo Roberto Costa: Recebi uma parcela da Transpetro, recebi.
Juiz: O senhor pode ser mais especifico?
Paulo Roberto Costa: Recebi, se eu não me engano, foram R$ 500 mil.
Juiz: Quem pagou ao senhor?
Paulo Roberto Costa: O presidente da Transpetro, Dr. Sérgio Machado.


            Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef não falaram de autoridades com foro privilegiado. Essa análise cabe somente ao Supremo Tribunal Federal. No caso de Paulo Roberto, a delação premiada foi homologada. Já Alberto Youssef continua prestando os depoimentos a delegados e procuradores sobre o esquema de corrupção.


Mais do que simplesmente chefiar, liderar é fazer com que um grupo de pessoas trabalhe em equipe e gerem os resultados desejados pela empresa, especialmente aqueles relacionados aos objetivos e metas estratégicas.
            Uma vez que a gestão está cada vez mais pautada na realização de projetos e formação de equipes, o desafio é multiplicado. Nas equipes homogêneas e maduras – em tese mais alinhadas em termos de objetivos e perfil de atuação – a liderança dos seus membros para atingimento dos objetivos tem sua própria complexidade. Considerando equipes heterogêneas, as dificuldades se multiplicam, uma vez que os membros possuem origem, cultura, valores, experiências e objetivos distintos. E esta faceta é a que cada vez mais predomina com a inclusão de novos perfis profissionais e gerações no mercado de trabalho.
            Para que a empresa cumpra sua missão e atinja sua visão, o líder moderno deve possuir essencialmente 5 habilidades:
·         Ter capacidade de conscientizar e motivar sua equipe em relação aos objetivos, metas e resultados a serem atingidos, identificando e potencializando a relação de tais objetivos com as expectativas e necessidades de auto-desenvolvimento de cada integrante da equipe;
·         Trazer visão sistêmica, holística e abrangente sobre a complexidade inerente ao contexto de negócios, propiciando uma compreensão ampla de seus desafios e das variáveis centrais que os compõem;
·         Ter vocação para a articulação, coordenação e interação constante – não apenas no modelo com cada integrante da equipe, atuando diretamente e estando presente nos momentos críticos de cada atividade, desde a etapa de planejamento até a execução, finalização e validação
·         Utilizar os principais conceitos, metodologias e frameworks de gestão de projetos e equipes e os sistemas, funcionalidades e canais (principalmente digitais e colaborativos) que potencializam a capacidade de gestão e controle dos resultados e efetividade do trabalho dos integrantes da equipe e;
·         Por fim, principalmente ter a capacidade de – citando Gandhi – ser o exemplo que ser quer ver no mundo, ou seja, liderar pelo exemplo, garantindo a consistência entre seu discurso e pratica e inspirando confiança e transparência nas relações com e entre os integrantes da equipe.

            Nesse contexto, é mais do que relevante compreender que os líderes não podem fazer as coisas sozinhos. Nenhum líder em toda a história realizou algo sozinho. Quando se trata de alcançar desempenho superior, o líder compreende que a colaboração é fundamental; portanto delega responsabilidades, missões e tarefas… mas também meios, recursos e autoridade.       
            Líderes justos cobram de forma justa as entregas de seus liderados. Premiam e punem de acordo com o combinado e consensado. Líderes justos consideram uma tarefa delegada somente após o consenso do liderado sobre prazos, condições, dificuldades e expectativas e consideram uma tarefa entregue quando atende todos os requisitos que a qualifiquem como excelente.
            Mais do que nunca, as empresas precisam de talentos que gerem valor diferenciado e perceptível para todo o entorno de relacionamento da empresa, do cliente e acionista ao funcionário e fornecedor. Em um cenário de escassez de mão-de-obra qualificada – mesmo em uma situação Brasil próxima a de ”pleno” emprego – garantir que tais talentos tenham aderência tanto à cultura e valores da empresa, quanto ao seu modelo de atuação e trabalho é tarefa crítica para atrair, reter e potencializar a evolução de tais talentos. Está aí mais um dos grandes desafios para o líder moderno… simples, contanto que tenha no mínimo as 5 habilidade essenciais.

Renan Lenzi Silva
Jornalista, Gestor Público pela UNICESUMAR, Concluinte de Matemática pela UFSJ e graduando em Engenharia Civil pelo UNIS


“Liberdade significa responsabilidade.
É por isso que tanta gente tem medo dela.”
(George Bernard Shaw)

          O voto aos 16 anos foi uma conquista do movimento estudantil, incorporada à Constituição de 1988. Entre o fim da década de 1980 e o início da seguinte, estudantes e jovens, de um modo geral, demonstravam interesse na vida política nacional e desejo de se manifestar, por meio do voto, sobre os rumos do país. No entanto essa vontade de participar tem diminuído. Mesmo amparados pelo artigo IV da Constituição Federal, que garante aos maiores de 16 anos o direito ao voto, na prática, nem sempre isso acontece. Há onze anos havia 3,6 milhões de eleitores de 16 e 17 anos no Brasil. Em 2008 o número chegou a 2,9 milhões, redução de 19%. Uma pesquisa do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) mostra que os adolescentes vêm demonstrando pouco interesse em comparecer às urnas. No estado, de cada três adolescentes de 16 e 17 anos, um tirou o titulo de eleitor. Em Belo Horizonte, o interesse foi menor: um entre quatro adolescentes se inscreveu na Justiça Eleitoral.
          Se números assim permitem constatar o desinteresse do jovem no exercício de um direito seu, é o caso de se perguntar as razões desse fato. Por que os jovens parecem ter perdido o interesse pela política? O que explica o crescente número de jovens que não faz questão de tirar o título de eleitor e de votar? Alguns dizem que não se sentem preparados para exercer o voto ou veem o descaso e a falta de compromisso de grande parte dos políticos brasileiros como um dos principais motivos para seu desinteresse em votar.
         Entendemos que o objetivo da Lei é dar ao jovem cidadão a oportunidade de escolher representantes. Por outro lado, obriga o cidadão a votar mesmo sem que haja o desejo. Para muitos, este é um fator que possibilita o voto sem responsabilidade e consciência e favorece a compra e venda de votos. Dessa forma é fundamental também que o jovem se informe, estude, se atualize e não caia nas propagandas e campanhas eleitoreiras. Sim, o ato de votar é um dever para o jovem, como também, a responsabilidade pelos próprios atos. Mesmo assim, a falta de informação ou, até mesmo, de interesse pelo futuro da sociedade faz com que muitos jovens não cheguem às urnas ou cheguem sem opinião formada.
       Mas, de quem é a culpa? Infelizmente, o cenário é realmente desalentador: A cada eleição, a cada escândalo, a decepção aumenta o distanciamento dos jovens em relação à política. O que é um péssimo sinal para o futuro de nosso país, pois é em sua juventude que uma nação credita suas maiores expectativas de transformações futuras. Em quem iremos depositar nossas esperanças se não acreditarmos que os jovens poderão fazer do Brasil um país melhor, mais justo, solidário e verdadeiramente democrático?
       E como prepará-los para tal missão? Tudo começa dentro de casa, quando podem começar a ter responsabilidades de participação na própria família. Depois passam para o contexto da escola, onde influenciam nas decisões em sala de aula, ajudando a dar mais qualidade ao processo de ensino-aprendizagem e mais vida ao ambiente escolar. Com a ajuda da escola ou da família, estes adolescentes podem monitorar as políticas públicas e ajudar a disseminar o que está dando certo e sugerir formas de melhorar a situação da infância e adolescência, por exemplo.
      O voto é um direito de participação política e social do adolescente que merece ser estimulado e fortalecido.Sendo assim, todo adolescente tem o direito de participar das decisões que afetam sua vida e da comunidade, e o voto é uma maneira de ele ser protagonista, mas também responsável pelo rumo das políticas públicas. Para isso, é essencial ele se informar, discutir com outros adolescentes, fazer uma escolha livre e consciente e, depois, acompanhar a atuação dos gestores públicos.

“Você não consegue escapar da responsabilidade
de amanhã esquivando-se dela hoje.”
(Abrahan Lincoln)


Renan Lenzi Silva
Jornalista, Gestor Público pela UNICESUMAR, Concluinte de Matemática pela UFSJ e graduando em Engenharia Civil pelo UNIS


Você sabe o que faz um deputado em exercício? A pergunta é tão recorrente que se tornou até bordão de candidato, mas a resposta não é nada óbvia. Não raro, o eleitor se confunde entre as funções dos cargos e até mesmo entre os poderes Executivo e Legislativo. No próximo 5 de outubro o quadro político brasileiro será renovado e logo, gostaria de auxiliar a esclarece as principais funções de cada um dos cargo: presidente, governador, senador, deputado estadual e federal.

            Vale ressaltar que as dúvidas são comuns não só em tempos de eleições e que o primeiro passo é saber distinguir os dois poderes. O Poder Executivo, como o nome diz, executa os programas de governo. Então, é importante que o eleitor, ao votar, conheça os programas concretos de governo do candidato. Às vezes, eles prometem mundos e fundos, mas o eleitor tem que saber que o orçamento é limitado. Pertencem a esse Poder os cargos de presidente da República e governador de Estado, cujos representantes serão votados nestas eleições.

            Desta forma, cabe ao Chefe do Poder Executivo e também ao chefe de Estado, o presidente, representar o povo no âmbito federal. Com mandato de quatro anos, podendo se estender por mais quatro através de novas eleições, o cargo é exercido com o auxílio dos Ministros de Estado (leia mais no quadro).

            Já ao governador do Estado, líder máximo do Poder Executivo de um Estado da Federação, cabe representar a sua unidade em questões políticas, administrativas e jurídicas. Ele nomeia secretários que o auxiliarão a tratar das questões inerentes ao seu Estado e tem autonomia para tomar diversas decisões e oferecer projetos de lei estaduais. Como o do presidente, o mandato de um governador dura quatro anos e pode se estender por igual período em caso de reeleição.

Legislativo

            Já o Senado e a Câmara dos Deputados compõem o Poder Legislativo, juntos formam o Congresso Nacional, em Brasília, onde trabalham os senadores e os deputados federais. Na função legislativa estarão as pessoas que farão leis. O ideal é que se vote em um candidato que tenha a mesma ideologia, filosofia ou religião para que ele o represente em temas polêmicos. Além disso, tem que ser confiável. Uma boa dica é, se ele já foi parlamentar, checar se ele comparecia às sessões. 
            No caso dos senadores, cabe aos eleitos propor, debater e aprovar leis que são de interesse do País. Cada Estado e o Distrito Federal elegem três senadores - o que totaliza 81, com mandatos de oito anos.

            A Câmara dos Deputados, por sua vez, discute a aprovação de leis e fiscaliza o uso dos recursos arrecadados pelo povo. Para se chegar aos 513 eleitos a divisão das cadeiras é proporcional ao número de moradores dos Estados e do Distrito Federal, considerando o mínimo de oito e o máximo de 70 parlamentares por unidade da federação.

            Nas instâncias estaduais, o poder Legislativo está sob a responsabilidade das Assembleias Legislativas, onde atuam os deputados estaduais, eleitos para criar e aprovar as leis estaduais e fiscalizar o Executivo.

            Uma forma de checar qual o candidato mais viável é verificar o seu histórico. É preciso fazer uma investigação e não votar por impulso ou simpatia. Nesse período, é comum que muita gente apareça como ‘salvador da pátria’. A exemplo disso, temos o  voto de protesto,que não passa de um golpe matemático que em toda eleição os partidos dão no povo!
            Devemos ter muito cuidado com o “voto de protesto"!
            Essas figuras exóticas que são colocadas na tv pedindo o seu voto (Tais como Péba na Môita, João da Jumenta Preta, Caboré de Urêa, etc), são estrategicamente escolhidas justamente para que você vote no sujeito como protesto.
            O esquema funciona da seguinte maneira: Votando numa dessas mazélas, você também está direcionando o voto para o partido do sujeito, assim, indiretamente beneficia os "candidatos principais" do partido.
            Isso acontece porque o sistema de computação de votos para deputados (e também vereadores) é feito na modalidade proporcional, onde votamos num candidato específico, porém ele somente será eleito se, e somente SE, (veja bem, SE) o seu partido atinja um determinado número global de votos, que deve ser igual ou maior ao chamado QUOCIENTE ELEITORAL.
            O quociente eleitoral é um número obtido após o cômputo dos votos válidos em toda eleição, e depois, dividindo-se esse valor pela quantidade de vagas ofertadas. Assim, o número final atingido será o valor que cada partido terá de obter (em votos) para eleger seus candidatos.
            Assim, após averiguado tal número, ou seja, depois de determinado com quantas fatias do bolo (vagas na câmara) cada partido ficará, será observado internamente em cada partido quem são os candidatos mais bem votados, para então serem determinados quem serão os eleitos.
            Isso quer dizer que quando votamos num candidato ao legislativo, nosso voto tem duplo valor, primeiramente estamos votando no partido e em segundo plano estamos votando no candidato.
            É por isso que TIRIRICA quando foi eleito na campanha passada, arrastou consigo mais 03 candidatos para a Câmara Federal.
            Logo, é devido ter bastante cuidado para não cair no GOLPE do "voto de protesto". Não tendo em quem votar, vote em BRANCO, ou nulo com uma sequência de zeros (0000), pois até mesmo anulando o voto, mas digitando na inicial da numeração o número de determinado partido, o tal partido ganha o seu voto da mesma forma!
            LEMBRE-SE, VOTO DE PROTESTO É UM GOLPE PARTIDÁRIO, FRIAMENTE PENSADO PARA OBTER FURTIVAMENTE O SEU VOTO!


Renan Lenzi Silva
Jornalista, Gestor Público pela UNICESUMAR, Concluinte de Matemática pela UFSJ e graduando em Engenharia Civil pelo UNIS
renanlenzisilva@gmail.com



Reforma política que venha ao encontro dos anseios da nação deve aprofundar o que a Constituição de 1988 prometeu mas não entregou: a reconciliação da democracia representativa com a democracia participativa. Democracia participativa e direta não deve ser contra democracia representativa e partidária: são duas formas de organização democrática que podem e devem se reforçar reciprocamente. E representação não precisa fazer-se só por partido. É equívoco pensar que, se os cidadãos não se organizarem e se fizerem representar exclusivamente por meio de partidos, estarão condenados a serem amorfos e manipuláveis. Podem organizar-se — e se fazem representar também por outros canais como são os movimentos fora dos partidos.
            1º PROBLEMA:
            A política continua na sombra corruptora do dinheiro. Dinheiro não deve poder comprar político e governante. O financiamento privado das eleições é a primeira causa, direta ou indireta, de corrupção na política brasileira. A segunda causa é a ocupação do Estado por gente nomeada pelos governantes.
            1º SOLUÇÃO:  
            organizar o financiamento público não só dos partidos, mas também dos candidatos avulsos e independentes. Permitir contribuições privadas apenas de pequeno valor, até o máximo de cinco salários mínimos. Insistir que no horário eleitoral da televisão, que é onde se gasta, desnecessariamente, a maior parte do dinheiro das campanhas mais importantes, só possa haver fala de candidato diante de fundo simples. Para completar a obra: começar a substituir a grande maioria dos cargos comissionados, de indicação política, por carreiras de Estado.
            2º PROBLEMA:
            Os partidos querem monopolizar a política e a representação. O povo brasileiro não quer. Não leva os partidos a sério, tal como existem, a não ser como ameaça permanente.
            2º SOLUÇÃO:  
            Qualquer cidadão que demonstre, por assinaturas, contar com o apoio de 1% do eleitorado em seu município, em seu estado ou no país (de acordo com o mandato a que pretenda concorrer) pode concorrer sem legenda partidária, inclusive à Presidência da República.
            3º PROBLEMA:
            Os brasileiros querem participar diretamente da vida política de forma organizada e institucional. E a Constituição de 1988 acenou nesta direção. O quê até agora, não aconteceu.
            3º SOLUÇÃO:  
            Dar eficácia à promessa constitucional da reconciliação da democracia participativa com a democracia representativa. Vinte por cento dos deputados ou 5% dos eleitores podem submeter qualquer medida legislativa a referendo popular, antes ou depois de ser votada pelo Congresso e sancionada pelo presidente. Da decisão popular, cabe recurso apenas para outra maioria futura, respeitados os limites constitucionais pelos quais velam os juízes. De igual forma, 5% dos eleitores, por iniciativa popular, podem provocar plebiscito nacional para que a nação vote, diretamente, uma lei. Se a iniciativa obtiver maioria, passará a viger como lei, independentemente de voto no Congresso e de sanção presidencial.
            4º PROBLEMA:
            Não basta criar, na democracia participativa, caminho complementar à democracia representativa. É preciso também aperfeiçoar a democracia representativa e trabalhar rumo a regime de partidos consistentes e fortes. Em todo o mundo, a fórmula para ensejar o surgimento de tais partidos é o sistema de lista fechada nas eleições parlamentares. Neste sistema o eleitor vota na lista de candidatos parlamentares indicada pelo partido. De acordo com o voto que cada partido recebe, o partido elege mais ou menos parlamentares, descendo a lista na ordem que o partido estabeleceu. No Brasil, porém, cada partido tem dono. Alguns partidos maiores são condomínios, com vários donos. O brasileiro quer partidos de verdade, mas não quer aumentar ainda mais o poder desses donos de partido.
            4º SOLUÇÃO:  
            Existir a pré-eleição em que votam os filiados do partido, para determinar quem entra na lista em eleições parlamentares e em que ordem. Os donos dos partidos não decidem. Deixarão de ser donos.
            Voto distrital não precisa e não convém: embora aproxime o mandatário do eleitor, favorece política antiprogramática e anti-estrutural, com foco apenas em benefícios locais.
            Para entender as consequências de tal sistema, basta observar a prática das emendas parlamentares dos nossos congressistas. Adotar o voto distrital seria generalizar esse paradigma.
            Quatro problemas. Quatro soluções que interpretam a frustração e a vontade do Brasil.


Renan Lenzi Silva
Jornalista, Gestor Público pela UNICESUMAR, Concluinte de Matemática pela UFSJ e graduando em Engenharia Civil pelo UNIS
renanlenzisilva@gmail.com


Nós brasileiros, de um modo geral, ainda não nos apercebemos do fato de que: “para melhorar nosso país, precisamos abrasileirar o Brasil” e que, para tanto, um pouco de civismo e de brasilidade serão ferramentas necessárias e fundamentais. Lamentavelmente, nossa postura moderna como povo, imita os americanos em quase tudo, infelizmente apenas no alto grau de patriotismo e de civismo que os americanos possuem é que nós não os imitamos. Quer dizer, deixamos de copiar os americanos naquilo que eles fazem de melhor, ou seja, na sua visão nacionalista das coisas, no seu patriotismo e na importância que eles reputam ao seu país e, curiosamente, copiamos aquilo que nos "americaniza".
            No feriado americano de 4 de julho, Independência dos Estados Unidos, os americanos fazem festas fantásticas, pois eles sabem o verdadeiro valor da independência de seu país. Independência que lá foi conseguida com muita luta, ao contrário daqui onde foi decretada pelo próprio imperador. Entretanto, isso não a torna menos importante. Aqui, infelizmente, o dia 7 de setembro é apenas mais um feriado e, pior ainda, quando cai numa segunda ou sexta-feira, a grande maioria das pessoas aproveita o “feriadão”, mas ninguém se lembra e nem discute a importância da data que concede direito ao feriado.
            No passado recente, principalmente, mas não exclusivamente na época dos governos militares, as coisas não eram bem assim. Pois as comemorações cívicas aconteciam de maneira mais efetiva e efusiva. Parece que, apesar das dificuldades políticas, as pessoas demonstravam mais orgulho em ser brasileiro.
            Alguns dirão, mas no governo militar, na época da ditadura, as coisas eram impostas e os militares tinham por obrigação que marcar as datas cívicas e quem não cumprisse as regras seria considerado “comunista” e sabe-se lá o que poderia acontecer. Cabe lembrar, mais uma vez, considerando a analogia com os americanos, que nos Estados Unidos não há e nem houve governo militar e muito menos os “terríveis comunistas”. Ainda assim, há ao contrário daqui, muito senso de nacionalismo e muito prazer em comemorar as datas cívicas, em falar das coisas e dos feitos do país e destacar os seus grandes personagens históricos.
            Lembro-me que quando eu era menino, cantar o Hino Nacional nas escolas e hastear a Bandeira Nacional não eram atividades exclusivas do dia 7 de setembro, pois isso ocorria todos os dias, antes das entradas dos alunos às salas de aulas. Cabe ressaltar, que todos os alunos cantavam o hino e havia até uma competição, para ver quem iria hastear a bandeira. Só os melhores alunos conseguiam atingir tal façanha.     Hoje, no entanto, é possível e até bem provável que muitos alunos saiam da escola sem saber a letra do Hino Nacional Brasileiro e, o que é pior, sem nunca terem visto e muito menos participado do hasteamento da Bandeira Nacional.
            Outros hinos e canções cívicas, que guardam e que identificam determinadas datas ou símbolos nacionais,estaduais ou municipais se quer, são ouvidos nos dias de hoje. Isto é, a maioria das pessoas, principalmente os jovens, nem sabe que eles existem. Aliás, tenho um misto de dúvida e de medo da resposta que um aluno de hoje daria se lhe fosse perguntado, por exemplo, o que é um símbolo nacional.
            O desfile cívico do dia 7 de setembro, que antigamente era obrigatório às escolas, hoje, infelizmente, não existe ou quando muito, é facultativo. Em consequência disso, pouca gente vê ou participa do mesmo. Não há mais aquela efusão das pessoas.
            A Independência do Brasil é o marco maior da História Brasileira, ela foi o sonho dos inconfidentes, foi o desafio pátrio de Dom Pedro, que, mesmo sendo português, fez por bem tirar o Brasil do domínio de Portugal. Que acontecimentos o teriam levado a proclamar a Independência? Os motivos que culminaram com a Independência, hoje são meros relatos nos livros de História, que os alunos ouvem e esquecem logo depois. Parece até que esses motivos não têm nenhuma relação efetiva com a vivência dos dias atuais, o que é um erro lamentável, pois a História é um eterno continuar. E é somente conhecendo o passado que se pode fazer o presente e projetar o futuro.
            Um país que quer ser grande tem que comemorar suas datas cívicas. Talvez a situação problemática do país esteja relacionada, de alguma forma com a falta de civismo. Se fôssemos, efetivamente, levados a conhecer e a amar os símbolos nacionais, provavelmente certos problemas não fossem tão sérios, ou melhor, talvez até nem existissem. Por outro lado, até a escolha dos políticos seria feita dentro de padrões mais coerentes, se também fosse considerado o grau de civilidade do candidato. Com certeza, agindo assim, possivelmente não teríamos elegido muitos candidatos de má índole, como infelizmente temos feito.
            Enquanto continuarmos a achar que o dia 7 de setembro é só mais um feriado, estaremos adiando a nossa verdadeira independência, que está acima das questões econômicas, políticas e sociais. Refiro-me à independência moral, aquela que nos coloca à frente das questões que nos afligem, de uma forma explícita e que só conseguiremos alcançar se tivermos uma postura ética e determinada em relação aos problemas brasileiros. Abraham Lincoln disse: “não pergunte o que o seu país pode fazer por você, mas sim o que você pode fazer pelo seu país” Pois é, essa é a idéia de um americano que deveríamos copiar. Sugiro que comecemos valorizando e festejando, de fato, a nossa principal data cívica, o dia 7 de setembro. Porque assim já estaremos pelo menos propensos a fazer algo pelo Brasil.
            Não quero com isso, sugerir o impedimento das pessoas de realizarem suas atividades e aproveitarem o feriado de 7 de setembro. Quero sim, que elas parem e pensem no significado desta data e no porquê da data ser Feriado Nacional. Os americanos fazem festas no dia 4 de julho, pelo simples fato que significa o 4 de julho e nós, quantas festas realizamos pelo fato de ser dia 7 de setembro? Se quisermos chegar lá, no nível em que eles estão, é preciso começar por aqui, pela demonstração de nosso patriotismo. O primeiro passo é sempre o mais importante e o mais difícil.
            Um país que não comemora suas datas cívicas possui uma nação que não tem sentido e que não se identifica com a terra onde nasceu. Somos brasileiros, nascemos no Brasil. Então, vivamos toda a brasilidade possível, pois só assim seremos um país forte, independente de quem esteja no governo. Só assim poderemos abrasileirar o Brasil e atingir finalmente a nossa Independência.
Meus amigos, o sonho brasileiro de felicidade passa por viver necessária e efetivamente suas datas cívicas.

FICA A DICA


           
Na cidade de Caçapava um vereador, tentando minimizar um pouco essa falha que vivemos, propôs um Projeto de Lei que passou a obrigar a execução do Hino da cidade de Caçapava, após o Hino Nacional Brasileiro, em toda Solenidade Oficial do Município (Lei Municipal 3973/2002). Ao meu ver, uma atitude nobre e que trará grandes frutos em um futuro próximo.
            Está na hora de resgatarmos o nosso passado, está na hora de aprendermos novamente com nossos pais, avôs e outras gerações passadas o respeito pela bandeira, o respeito pela nação, o respeito para com nós mesmos, brasileiros.


Dilma Rousseff acredita que a delação do ex-diretor preso da Petrobras Paulo Roberto Costa NÃO ABALA a sua administração. “Eu acho que não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ninguém do governo foi oficialmente acusado”, disse ela, em timbre enfático. Perdidos em meio às perversões que o aparelhamento do Estado produz, a presidente e seu governo inocente lembram muito as virgens de Sodoma e Gomorra.
“O governo tem tido em relação a essa questão uma posição extremamente clara”, Dilma prosseguiu. Muito clara, de fato. Tão clara quanto a gema. “Foram órgãos do governo que levaram a essa investigação. Foi a Polícia Federal, não caiu do céu. Foi uma iniciativa da PF e também de outros órgãos, como Ministério Público e Judiciário. O governo está investigando esta questão.” Isso é que é governo eficiente. Ele mesmo desvia, ele mesmo investiga. E a presidente se autoabsolve.
            Recordou-se a Dilma que o nome de um de seus ministros, Edison Lobão, consta da lista de supostos recebedores de propinas prospectadas na Petrobras. E ela: “Eu preciso dos dados que digam respeito, ou que tenham alguma interferência no meu governo. Enquanto não me derem os dados oficialmente, não tenho como tomar uma providência. Ao ter os dados, eu tomarei todas as providências cabíveis, inclusive se tiver de tomar medidas mais fortes.”
            Pode-se acusar Dilma de muita coisa, menos de incoerência. Xerife do setor energético desde o primeiro reinado de Lula, ela sempre foi 100% fiel aos interesses de José Sarney. Em 2004, ainda ministra de Minas e Energia, levou ao microondas um respeitado presidente da Eletrobras, Luis Pinguelli Rosa, para acomodar no lugar dele Silas Rondeau, afilhado político de Sarney.
            Em 2005, alçada à Casa Civil pela queda do companheiro José Dirceu, Dilma cacifou o nome de Rondeau para substituí-la no comando da pasta de Minas e Energia. Com isso, forneceu matéria-prima para que a Polícia Federal comprovasse sua eficiência. Decorridos dois anos, o ministro de Sarney foi pilhado pela PF na Operação Gautama.
            Acusado de apalpar um envelope contendo propina de R$ 100 mil, Rondeau deixou o cargo para se defender. E foi substituído, com o aval de Dilma, por Edison Lobão, outro ministro da cota de Sarney. Eleita presidente, em 2010, Dilma manteve Lobão na Esplanada. Demitindo-o agora, cutucaria o morubixaba maranhense. Algo que nem Lula jamais ousou fazer. Melhor negociar.
            No início do ano, quando Dilma promoveu sua última reforma ministerial, eufemismo para troca de cúmplices, o PMDB guerreava por um sexto ministério. E o presidente do PT federal, Rui Falcão, tratou de acomodar as coisas em pratos pouco asseados: “Não vamos ceder um novo ministério para o PMDB. Agora, concessão para discutir projeto de lei, espaço em estatal, para isso estamos abertos à negociação.”
            O delator Paulo Roberto Costa é resultado desse tipo de arranjo que levou os governos do PT a abrigar as “indicações partidárias''  nos “espaços” de empresas estatais. Paulinho, como Lula o chamava, foi indicado em 2004 pelo PP do mensaleiro morto José Janene. Nomeado diretor de Abastecimento, passou a servir a uma "aventura" partidária que reunia, além do PP: PT e PMDB. Deixou a Petrobras em 2012, já sob Dilma. Era um escândalo esperando para acontecer.

            Ao dizer que a delação de Paulinho “não lança suspeita nenhuma sobre o governo”, Dilma fica desobrigada de fazer sentido. Candidata à reeleição, ela enfrenta a crise ética que engolfa alguns dos principais acionistas do conglomerado governista à maneira do avestruz. Foge da realidade enfiando a cabeça na ilógica: “Ninguém do governo foi oficialmente acusado.” Então, tá! Ficamos assim. Não se fala mais nisso.


            Espero que o povo brasileiro, mineiro e principalmente varginhense estejam com os olhos abertos e apontados para esses novos acontecimentos.



O Orçamento Participativo é um mecanismo de democracia representativa que permite ao cidadão influenciar ou decidir sobre os orçamentos públicos. É, geralmente, o orçamento de investimentos das prefeituras municipais, feito através de processos de uma participação cidadã. Caracterizá-lo, é dar uma conotação de poder às associações comunitárias e os diferentes setores sociais que estão de uma forma ou de outra nas estruturas decisórias da cidade. Esses processos costumam contar com assembleias abertas, periódicas e com etapas de negociações diretas com o governo. Com um Orçamento Participativo, retira-se o poder de uma elite burocrática repassando-o diretamente para a sociedade. 

            O grande sucesso de um Orçamento Participativo é a introdução de uma fórmula mediadora da democracia direta e representativa, em que há efetivamente uma participação popular onde o cidadão entende que aquilo que foi aprovado é o que realmente será realizado. Com isso, impede-se os politiqueiros de implementar o clientelismo e transformar determinados bairros em feudos políticos. A importância da não-institucionalização do Orçamento Participativo impede sua subordinação à Câmara de Vereadores, não aceitando nenhum carimbo oficial. O que importa é a aprovação interna das associações e as deliberações das plenárias. 

            Isso dá força e prestígio ao Orçamento Participativo, afastando as suspeitas por parte do cidadão, de que na verdade teríamos apenas um referendo de promessas. Assim, teríamos uma garantia da soberania do processo associativo da votação e decisão cidadã das plenárias. Isto é o bastante para se implementar as políticas públicas, dificultando a atuação dos políticos meramente clientelistas, que não teriam vez ante as demandas prioritárias da população. Ao defender esse projeto, o governo que o adota está se expondo ao controle da sociedade, tornando-se alvo de cobranças e permitindo maior visibilidade na aplicação dos recursos públicos.

            A perda da capacidade de agir e falar nos espaços públicos é fruto do longo período de exclusão da população que o Brasil enfrenta, desde os tempos do Império e com curtíssimos espaços reais de democracia. E que transformaram a experiência dos cidadãos em uma constante alienação, fazendo com que os direitos individuais se sobrepusessem aos direitos coletivos e transformando o conceito de cidadania em um mero direito de consumidor. Querer transformar o direito do cidadão em uma expectativa meramente econômica, como é o direito do consumidor, significa frear a expectativa de se criar alternativas de poder numa sociedade organizada. 

            O modelo de espaço público e a participação da cidadania nesta ocupação, defende a indignação e uma busca de referências da cidadania. Constituindo-se numa quebra dos privilégios e na publicidade dos negócios públicos. Permitindo à população discutir orçamento e políticas públicas. Seu objetivo é assegurar a participação direta na definição das prioridades para investimentos públicos. A decisão sobre os recursos municipais fica compartilhada entre os poderes executivo, legislativo e o da população, considerando-se votos por áreas de investimento e aplicando-se fórmulas de ponderação de votos em função de critérios aprovados e elegendo-se delegados por plenárias para compor um COP - Conselho do Orçamento Participativo.

            É no COP que se especificam as obras que poderão tornar viáveis o atendimento das destinações percentuais dos recursos por áreas de política pública: educação, saúde, transporte público, saneamento, moradia, emprego, infraestrutura e manutenção, por regiões da cidade. O Orçamento Participativo deve ser encarado como um instrumento político que não está atrelado ao poder do governo da cidade e que pode, e deve, ser ocupado em sua plenitude pela população. Como uma política administrativa que deu certo, combinando a horizontalidade do executivo e a plenitude democrática a serviço da cidadania.

EM VARGINHA

            Aqui em nossa querida cidade estou tendo o prazer de participar na implantação e na modernização dessa ferramenta democrática tão importante. Logo, gostaria de deixar aqui a todos os meus amigos e amigas representantes de seus bairro o meu sentimento de gratidão pela recepção, pelo carinho e acima de tudo, por acreditar em nosso trabalho. Espero que eu e Maros Batista e toda a equipe da administração municipal envolvida possamos conseguir atender a todas as necessidades e anseios da comunidade civil organizada. E também fazer com que o povo varginhense possa criar cada dia mais em seus corações a esperança de uma cidade melhor para as futuras gerações. Portanto, quero agradecer cada rosto, cada sorriso, cada palavra amiga que estou recebendo. Vamos lutar por uma sociedade mais culta, mais interessada pelas políticas públicas, mais compromissada com o bem-estar de nossa cidade. É isso que espero e é pelo que luto a cada dia.

Um abraço a todos e fiquem com Deus.


Renan Lenzi Silva
Jornalista, Gestor Público pela UNICESUMAR, Concluinte de Matemática pela UFSJ e graduando em Engenharia Civil pelo UNIS
renanlenzisilva@gmail.com